A Felicidade crua e nua
por vezes me amedronta
mostra-se aqui, pronta
e vai-se para a rua
Some por entre elas
corre por vielas
persigo-a e de que adianta?
se ela me faz de anta...
Sei que apesar de persegui-la
tenho medo de um dia
em uma rua, vadia
eu a encontre pulando feito mola
desdenhando da minha cara
feito um clow da antiguidade
dizendo pra mim, por maldade
"tu sabes q existo como fera?"
"que de dentro te devora"
"que corroi seu pensamento"
"que atrapalha seu intento"
"e que em tua dor se decora"
Paro por um tempo...
penso no meu momento
"vejo, sim, q és fera"
"domar-te? qm me dera"
"aprendi de algum modo te amar"
"e nas pequenas coisas te buscar"
"vês que por tu eu luto"
"e ainda assim trata-me como bruto"
"esacapa-me da mão"
"atropela-me de repente"
"quase sempre mente"
"faz-me faltar pão"
Risonha essa triste Felicidade
me indaga dessa vez com bondade:
"se sabes e ainda assim me persegue"
"que entento teu se segue?"
"Apenas digo q não sei..."
"porque te sigo como a um rei"
"sou sudito, teu sudito fiel"
"pois procurando-te, provei do Fel"
"Amargo como a morte"
"enfrentei todo tipo de sorte"
"hei de um dia domar-te"
"fera de minha parte"
Hei de um dia ser feliz
encontra-la não cheia de espinho
e sim agora, macia feito ninho
onde possa torna-la minha matriz.
Felicidade nós procuramos...
as vezes a encontramos...
e quando isso acontece
todo mal desaparece
Ela eh a doença e a cura
nos mata como veneno
nos sacia como agua pura
e assim chegando o fim sereno...
hei de me lembrar de tudo
de todos os momentos q ela
se fez presente na viva tela
e hei de permanecer mudo...
entendido, que mesmo ela sendo
causa de minha morte
vejo no final, que fui forte
e que assim vendo...
ela foi minha vida...
minha busca fora frutifera
talvez não domei a fera
mas a felicidade em mim se consolida.
25/03/2011 >>> E. Eidi Kodama
Primeiro poema do ano \o/
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